#VacinarSalvaVidas tem objetivo de ampliar a informação sobre os benefícios da vacinação para o público leigo. A vacinação é individual, mas gera uma proteção coletiva

A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) lança este mês a campanha em prol da vacinação: #VacinarSalvaVidas. O objetivo é ampliar a informação sobre os benefícios da vacinação para o público leigo. As estratégias incluem ampla divulgação nas redes sociais da entidade, inclusive de tutoriais sobre como denunciar vídeos e notícias falsas.

Mais do que representar o interesse setorial das clínicas de vacinas na defesa das boas práticas de mercado, a ABCVAC entende o seu papel social para a melhoria contínua da promoção da saúde por meio da vacinação. As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças transmissíveis. 

Com as vacinas, erradicou-se no mundo a varíola e no Brasil, a rubéola, a síndrome da rubéola congênita, o tétano materno e o tétano neonatal. O continente africano só foi declarado livre da poliomielite no mês passado. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) diz que, sem erradicação, a doença pode voltar a infectar até 200 mil crianças por ano.

“Temos um problema sério de aderência à vacinação no Brasil, tanto que a cobertura vacinal tem caído nos últimos anos e isso nos preocupa. Temos dificuldade de convencer, principalmente, o público adulto a se vacinar”, fala o presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa.

Segundo Barbosa, por mais que algumas medidas sejam interpretadas como obrigatoriedade, é fundamental que a sociedade se conscientize de que o resultado desse trabalho é o controle de doenças como a coqueluche. A queda na cobertura de vacinação contra o sarampo fez a doença ressurgir no país. “Vacina é um bem coletivo. A vacinação individual é importantíssima e gera uma proteção de grupo”, ressalta Barbosa. 

Os movimentos antivacinas colaboram excessivamente para a redução dos índices de vacinação. Sua expansão se dá pela autonomia adquirida pela população para a prática não científica da medicina, baseada em fatos não comprovados, via redes sociais ou sites leigos.

Durante a pandemia da Covid-19, houve um reforço para que as pessoas continuassem se vacinando, justamente para evitar que outras doenças que pudessem agravar o quadro de uma possível infecção pelo novo coronavírus.

As clínicas de vacinas foram consideradas serviços essenciais durante a quarentena provocada pela crise atual e estão devidamente preparadas para que a população não deixe de se vacinar – seguindo todos os protocolos recomendados pelos órgãos de saúde e com equipes treinadas, que estão diariamente na linha de frente para proteger os usuários.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), após a pandemia, 80 milhões de crianças abaixo de um ano estarão com o calendário vacinal desatualizado, e isso significa a porta de entrada para o retorno de doenças como sarampo e poliomielite. É fundamental dar atenção para a vacina da Covid-19, e principalmente, não se esquecer das vacinas que já se têm disponível. 

“Todas as vacinas que estão disponíveis no Brasil passaram por rigorosos controles de aceitação. A população pode ficar tranquila, que se a vacina para a Covid-19 não passar por todos esses testes e apresentar os devidos estudos de eficácia, elas não serão liberadas para fabricação”, garante Barbosa.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é referência internacional e vem se adequando ao cenário atual, traçando estratégias de enfrentamento para os desafios, como os movimentos antivacinas. O PNI atua na propagação de informações sobre a importância da vacinação e as possíveis consequências da falta de adesão da mesma, intensas divulgação de campanhas de vacinas, bem como maior incentivo a investigação de fake news.

A ABCVAC está trabalhando para colaborar com tais esforços no que compete a esclarecer o que for necessário para o entendimento da população sobre a necessidade e importância da vacinação.

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