ABCVAC convidou a diretora da Previmuno, Prof. Nina Lima, para falar sobre experiências e desafios
Enquanto a vacina eficaz para prevenir a infecção pelo novo coronavírus não está disponível, a sociedade precisa continuar mantendo os hábitos de higiene e o distanciamento social. São medidas simples, mas que refletem diretamente na própria saúde e na do próximo. Caso apresente sintomas da Covid-19, diversas clínicas de vacinação espalhadas pelo Brasil já estão realizando o teste rápido para detecção da doença. Um exemplo é a Previmuno, no Rio de Janeiro.
A diretora da Previmuno, Prof. Nina Lima, ressaltou em live transmitida pelas redes sociais da Associação Brasileira de Clínicas de Vacina (ABCVAC), que o serviço começou a ser oferecido em maio, quando saiu a regulamentação SMS 4397/20. No entanto, desde o início da pandemia passou-se a estudar sobre a legalização dos testes de Covid-19. Nina alertou para a necessidade de se ofertar o serviço com respaldo legal, com a maior técnica possível e atentando à biossegurança.
Aos gestores e empresários que desejam incluir os testes no catálogo de serviços de suas clínicas, Nina contou que além de estudar sobre legislação, deve-se procurar a regulação do seu Estado e não esquecer de investir em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais.
“Nós investimos em treinamentos. Para realizar o teste precisamos ter uma anamnese bem completa desse paciente. Precisamos, sem dúvida nenhuma, colher informações fundamentais, como o início da sintomatologia, para que possamos orientar se é viável ou não que ele faça esse teste. Pelo mercado existem outros testes e fazê-los depende do início da sintomatologia”, explicou Nina. Além disso, a diretora informou que a Previmuno montou o próprio laudo com base na SMS 4397/20. Segundo ela, além de realizar o exame é fundamental orientar os pacientes no pós-exame. Isso faz toda a diferença.
“O laudo é obrigatório. E além disso você tem que oferecer ao cliente no mesmo dia em que ele realiza o exame. É muito importante que esse cliente receba o laudo mais rápido possível. Aqui no Rio de Janeiro não existe a necessidade de ser um profissional médico para laudar o teste e sim um profissional capacitado. Na nossa clínica realizamos a capacitação tanto de médicos quanto de enfermeiros para laudarem os testes”, afirmou Nina.
Regulamentação
De acordo com a diretora da Previmuno, dentro da regulamentação as clínicas de vacina e as farmácias precisam ter licença sanitária para a realização dos testes. Isso todas as clínicas já possuem. O mesmo não vale para a testagem em domicílio ou drive-thru. No Rio de Janeiro, por exemplo, para o drive-thru é necessária uma licença sanitária transitória tanto para a empresa que realizará os testes quanto para o local que fornecerá o espaço.
“Se você pretende oferecer teste rápido de Covid-19, o ideal é que você tenha uma conversa com a vigilância sanitária do seu município, porque essas questões variam muito de uma cidade para outra”, alertou a diretora-técnica da Imunovacin e membro da diretoria da ABCVAC, Fernanda Gomes.
Dicas para oferecer testes de Covid-19 em clínicas de vacinação
- Entre no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pesquise quais os testes estão realmente legalizados e que possuem selo de certificação;
- Exija para o distribuidor ou importador o Teste de Sensibilidade do produto a ser adquirido. Se for um distribuidor ou importador sério ele não se negará em lhe apresentar este material;
- Assim como na compra de vacinas, mantenha uma boa relação com o distribuidor, isso lhe ajudará em negociações futuras, e
- Queixas técnicas sobre o produto devem ser totalmente informadas à Anvisa. É uma questão de saúde pública.
Assista aqui o bate-papo completo sobre testes de Covid-19 nas clínicas de vacinação.
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