ABCVAC alerta a população a se vacinarem contra dengue com aumento de casos da doença

O imunizante atualmente disponível na rede privada é recomendado para pessoas que já tiveram dengue, de 6 a 45 anos; o crescimento de 221% de exames positivos para dengue com relação à primeira semana epidemiológica de 2023

O Ministério da Saúde e os laboratórios diagnósticos privados estão registrando aumento significativo de casos de dengue neste ano. De janeiro a março, segundo os laboratórios, triplicou o número de pessoas positivas. A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), indica o uso do imunizante, que ainda só está disponível na rede privada.

“Estamos orientando as pessoas a irem até as salas de vacinação para verificarem se podem ou não se vacinar, visto que o imunizante atualmente disponível é recomendado para pessoas que já tiveram dengue, de 6 a 45 anos”, explica a presidente do Conselho de Administração da ABCVAC, Fabiana Funk, que ressalta ainda que as vacinas são seguras e aprovadas pelos órgãos reguladores e que para efetuar a vacinação é necessário exame sorológico positivo para Dengue e orientação médica.

Dados

Os laboratórios privados consultados registraram crescimento de 221% de exames positivos para dengue com relação à primeira semana epidemiológica de 2023. Os exames realizados, no mesmo período, apresentaram aumento de 152%.  

O resultado foi o crescimento da positividade de 26,51% para 33,74%, no período da primeira à última semana epidemiológica deste ano. Vale destacar que “positivos” representa o número total de pacientes com testes positivos, enquanto “positividade” é a relação entre os testes positivos e os exames realizados. 

Segundo o Ministério da Saúde, houve um aumento de 29% de casos prováveis desde o início do ano. Provável, pois nem todos os pesquisados foram testados. 

Nova vacina

O mercado privado espera, ainda, a disponibilização de uma nova vacina, a Qdenga, primeira para um público amplo, de 4 a 60 anos, e sem a necessidade de já ter sido exposto ao vírus. Ela já foi aprovada pela Anvisa, e para a aplicação no público ainda é necessária a aprovação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).